Das idas e vindas…

Acho engraçado que todas as vezes que eu tento te “apagar de mim”, quando estou QUASE lá, alguma coisa te faz retornar. Tornando minhas tentativas e meu esforço praticamente inúteis. Não me surpreende que isso aconteça, pelo menos não mais. Foram tantas saudações simpáticas e despedidas dolorosas para resultar nisso. Infinitas suposições do que poderia ter sido, do que ainda nem foi, passado, presente e futuro andando lado a lado, sem vestígios de fatos concretos. Nem mesmo sentimentos verdadeiramente existentes, nem mesmo isso que seria a base, não seria? Ou estou muito enganada ou o amor não nasce do nada e também não é do nada que ele morre. E confesso meio aos trancos que aguardo o teu retorno, principalmente nos meus dias quietinhos, aguardo saudosamente, numa desesperança enorme, mas aguardo e sei que não deveria. Mas eu vou aguardar, até o dia que tu decidires não mais retornar.

Já sei, o problema todo está nas expectativas que nós criamos… Você esperava que eu tivesse mudado, eu esperava o mesmo de ti!

Como eu ando muito explícita as pessoas falam por mim!

Emprestei do Mais Amor, Por Favor!

Invadiu o meu coração

A paz invadiu o meu coração, de repente, me encheu de paz. Como se o vento de um tufão arrancasse meus pés do chão, onde eu já não me enterro mais…

A paz fez um mar da revolução invadir meu destino;

A paz, como aquela grande explosão, uma bomba sobre o Japão fez nascer o Japão da paz…

Eu pensei em mim, eu pensei em ti, eu chorei por nós…
Que contradição!
Só a guerra faz, nosso amor em paz!

Eu vim, vim parar na beira do cais onde a estrada chegou ao fim. Onde o fim da tarde é lilás, onde o mar arrebenta em mim o lamento de tantos “ais”


As sem razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga, nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Eterno

Não sei dizer por que nem pra quê, mas uns dias antes eu disse a ele chorando: “Amor, eu tenho tanto medo de você morrer.” E ele me respondeu sorrindo, sereno: “Amor, eu não vou morrer nunca. Você também não.” É nisso que acredito.

Roubei da Cris Guerra para contar sobre aquele dia, antes do tal acontecimento… A gente não morreu, mas nossos pedacinhos juntos sim…